ADVERSIDADES E EXPECTAÇÕES NO ACESSO DA COMUNIDADE LGBTQI+ AO ATENDIMENTO NA SAÚDE
UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS E DESAFIOS
DOI:
https://doi.org/10.61228/os.v5i2.105Palavras-chave:
Saúde, Comunidade LGBTQI , Desafios, OportunidadesResumo
A Política Nacional de Saúde Integral para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) foi criada pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 2.836, datada de 1º de dezembro de 2011, e visa garantir que a população LGBT tenha acesso igualitário e respeitoso aos serviços de saúde, levando em conta suas particularidades e situações de vulnerabilidade. O propósito deste estudo é documentar as dificuldades que essas comunidades enfrentam, pois, mesmo lutando por reconhecimento e respeito, ainda se encontram à margem da sociedade, cercadas por preconceitos e falta de conhecimento. Este estudo realizou uma revisão sistemática da literatura, classificando-se como de natureza qualitativa, descritiva e exploratória , baseando-se em estudos já existentes, fazendo uma síntese de estudos já publicados acerca do tema exposto. Foram selecionados estudos que abordam práticas, desafios e estratégias de inclusão na atenção primária à saúde para a comunidade LGBTQI+. Em suma, embora existam desafios significativos, as possibilidades de promover o acesso da comunidade LGBTQI+ à saúde são evidentes e dependem de ações integradas, que envolvam capacitação, políticas públicas e o engajamento da própria comunidade. Investir na formação de profissionais sensíveis às questões de diversidade e na implementação de práticas inclusivas é fundamental para reduzir as desigualdades e garantir o direito universal à saúde. Este estudo evidenciou que, apesar dos avanços nas políticas de inclusão e na conscientização sobre a saúde da população LGBTQI+, persistem diversas barreiras que dificultam o acesso efetivo ao atendimento de saúde por parte dessa comunidade. Entre os principais obstáculos, destacam-se o preconceito e a discriminação por parte dos profissionais de saúde, a falta de capacitação específica, e a insuficiente oferta de serviços sensíveis às necessidades específicas de LGBTQI+.Referências
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